A escolha pelo arquipélago de São Tomé e Príncipe para sediar o CCAFS foi considerada ideal em função de fatores como a sua importância histórica estratégica como ponto de convergência entre países da CPLP para a produção de alimentos. O país também é reconhecido pela sua biodiversidade, originada pela presença de espécies e variedades alimentares não só do continente africano, mas também da Europa e das Américas, e pelos conhecimentos tradicionais ligados à agricultura e alimentação, incluindo técnicas, práticas e usos relacionados com os alimentos. A sua localização geográfica junto à Linha do Equador (e próximo da costa ocidental da África) reforça a vantagem desta localização, já que as ilhas possuem especificidades microclimáticas relevantes, que favorecem a implantação de práticas pedagógicas em contextos socioambientais muito próximos das existentes na maioria dos países da CPLP. Além disso, São Tomé e Príncipe tem-se destacado no continente africano por possuir cerca de um quarto de sua área agrícola alocada à produção biológica/orgânica certificada, sendo o país africano com a maior percentagem de sua área agrícola dedicada à produção biológica/orgânica e o terceiro à escala mundial[1].

Existem, contudo, condicionantes a ultrapassar. Por um lado, o reduzido número de formadores nestas áreas. Por outro, o reduzido número de alunos e a insularidade. Considerando os desafios que se apresentam, o Centro contribuirá para a consolidação da atual trajetória de desenvolvimento agrícola sustentável em São Tomé e Príncipe pela formação dos quadros nacionais, pela mobilização de jovens, pela oferta de ações em rede e usando também as novas tecnologias da comunicação. 

[1] The World of Organic Agriculture. FiBL & IFOAM – Organics International, 2021.

 

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